Não á GUERRA - No to WAR na Ucrânia

segunda-feira, 27 de julho de 2015

E assim encerro a época 2014-2015, já com as férias à porta...

Está encerrada mais uma etapa 2014-2015, as expectativas eram altas! Sim, mas posso dizer que saíram goradas…

Depois de ter passado a melhor época na modalidade (2013-2014) era difícil, se não impossível conseguir igualar, mas, a escolha não foi “inocente”, a analise foi feita previamente aos diferentes grupos disponíveis.

Daí a escolha pelo CHC.

No início e como em tudo na vida, os primeiros dias são de estudo, para encaixar com os novos colegas e com os novos métodos, ou seja uma adaptação à nova realidade.
Não foi difícil, até porque, uns eram já conhecidos de outras paragens, outros, agora novos colegas outrora antigos adversários, o que facilitaria o entrosamento.

O início prometia, treinos intensos equipa na máxima força o que indiciava uma boa época, mas isto do hóquei é como os “melões” só depois de abertos é que se sabe a qualidade, aqui sucedeu o mesmo, só com o aproximar da competição é que deu para ver que iríamos passar um mau bocado…

Depois de uma época fantástica e de outras horríveis, pensei que já tivesse visto tudo nesta modalidade, mas estava enganado, ainda existia matéria para me surpreender pela negativa.

Não tenho dados para outros analisarem o meu trabalho na modalidade, mas tendo em conta os anos que levo como acompanhante e adepto e como treinador “encartado”, posso pensar que a época 2014-2015 foi do pior que já assisti na modalidade (que me desculpem os visados) mas é a minha opinião.

Primeiro erro, a acumulação de equipas como treinador, ou seja os treinos marcados em função do treinador e não da equipa um erro comum.

Segundo erro esta acumulação foi com o Feminino, (nada me move contra o feminino, até gosto) mas treinar Sub 20 onde metade da equipa é de ultimo ano e a outra metade de primeiro ano, juntamente com o feminino é mal de mais e só podia dar no que deu.

Terceiro erro, cedo deu para entender que e verdadeira equipa do treinador era o Feminino, os Sub 20 era um “fardo” ou uma “obrigação”, e isso só podia dar no desleixo com que se realizavam os treinos semanalmente.

Estes erros e outros transmitiram à equipa “o desinteresse” de quem os comandava, a começar pela direcção passando pelo treinador dos seniores e terminando no pseudo treinador dos sub 20, nada funcionou, a direcção pouco ou nenhum apoio deu a este escalão, o treinador dos seniores nunca contou com a equipa dos sub 20 para nada, nem mesmo quando faltava um sénior ao treino, quem o substituía era o próprio treinador em vez de chamar um sub 20 para colmatar essa ausência, por fim o que devia ser o treinador e responsável máximo também pouco se interessava pela equipa, era notório nos treinos o pouquíssimo tempo que perdia com eles, sempre em detrimento do feminino. Com tudo isto a suceder treinos atrás de treinos só podia dar maus resultados, e eles estão visíveis nas estatísticas da equipa e nos resultados conseguidos ao longo da época nas diferentes competições.  

Nunca foi capaz de unir o grupo, pelo contrário, foi o responsável pelo desmoronamento do mesmo e pela falta de solidariedade que se notava nos jogos, e isto de ser treinador não se resume apenas a levar a “braçadeira” para os jogos, é muito mais que isso…

O "treinador" demonstrou algumas lacunas para gerir recursos humanos.

Quanto ao clube em si, existem alguns pontos onde pode e deve evoluir, a começar pelo relacionamento entre escalões inclusive os seniores, se todos defendem o mesmo emblema, todos devem-se relacionar como se de um só escalão estivesse-mos a falar, vi situações que contrariam este ponto de vista, essa forma de estar só traz afastamento e um clube não é isso, posso dar dois exemplos; os sub 20 quando treinavam a seguir aos seniores, uns entravam por uma porta os outros saíam por outra, sem nunca se estabelece qualquer tipo de relacionamento, como pode ser isto um clube só…outro exemplo, já quase no fim da época, um jogador sub 20 fez um treino com os sub 13 vestia uma t shirt da selecção inglesa, na bancada os Pais dos sub 13 perguntavam − Quem é o miúdo? É Inglês? Vem jogar para cá?
Ao fim de 9 meses a treinar e jogar no clube, existe ainda quem não conheça quem defende o mesmo emblema, isto demonstra o distanciamento existente entre escalões, um verdadeiro clube não deve ser assim.

Para o fim fica os atletas dos sub 20, foram uns resistentes, olhando para a forma com se comportaram ao longo da época só posso dizer que mereciam outras condições,
Foi sem sombra de dúvidas o escalão que menos condições de treino teve no decorrer de toda a época, mesmo assim teimavam em não desistir (falo dos 8 resistentes) a sua teimosia merece um louvor, não foi por falta de entrega que não conseguiram outros objectivos, mas sim porque o clube nunca lhes deu condições adequadas de treino, quem sabe se não teriam superado o décimo segundo lugar conseguido no nacional, se as condições tivessem sido outras…

Todos os anos e em todos os clubes sucede o mesmo, uns ficam outros saem para agarrar novos desafios, a todos sem excepção desejo a melhor sorte, trabalhem sempre com vontade e dedicação pois só assim podem evoluir as vossas qualidades, estou certo que nos iremos encontrar num pavilhão qualquer deste país, e quando isso acontecer gostaria de continuar a poder cumprimentar-vos, porque esta vida curta não permite que criemos separações só porque defendemos outro emblema ou temos outra opinião.

Vou de ferias e já volto…


AL  

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