HC Paço Rei 9 CH Carvalhos 5
Primeiro jogo da segunda fase defrontavam-se dois velhos
conhecidos, a deslocação dos Carvalhos ao recinto do Paço Rei, era curta mas
difícil, − todos conhecem as dificuldades em jogar naquele recinto, talvez por
isso os Carvalhos deveriam ter tido outra abordagem a este jogo não só no dia
em que se jogava, mas na sua preparação muito tem falhado nesse aspecto.
Mas passemos ao jogo, as surpresas eram algumas nas
constituições dos cinco bases de ambos os lados, se a equipa da casa não tinha
disponível o Tiago Barbosa, incluía a titular o Hélder que veio do FCP, já os
Carvalhos pensaram que tudo ia ser como em Viseu e deixaram de fora o Almeida
que significa só 40% do poderio atacante desta equipa, mesmo não tendo marcado presença
em todos os jogos da primeira fase, estes dados traziam algum equilíbrio ao
jogo e se os Carvalhos pretendessem levar os três pontos teriam que fazer um
jogo equilibrado quer defensivamente quer no ataque.
A equipa até não começou mal, mas deixava alguns buracos
defensivos onde o Paço Rei aproveitou para causar perigo nas três bolas que
enviou ao ferro quando o jogo ainda estava em branco, a estas oportunidades
respondeu os Carvalhos com o golo ao passar o minuto seis deste primeiro tempo.
A resposta da equipa da casa viria a surgir numa grande
penalidade 3 minutos e meio depois, mas o redes visitante opôs-se com segurança
e manteve o resultado em 0-1.
O jogo estava sereno com jogadas de ataque constante de
ambas as equipas até que surge o primeiro desconto de tempo e a aparição do árbitro
desta partida, pois quando os atletas se encaminhavam para as suas posições
findo o tempo de desconto, este mostra dois azuis a dois atletas dos Carvalhos
a 8:44 do intervalo, − Pergunto, o que poderão ter dito de tão grave quando se
vem de falar com o treinador, quando não esta em causa nenhuma entrada ríspida
do adversário ou qualquer má decisão do árbitro, que motive contestação dos
atletas nem nenhum gesto de desagrado? Será que existiu alguma atitude menos
respeitosa para com o árbitro que motive tal decisão? Mas ele é soberano e como
tal decidiu e assim se cumpriu, O Paço Rei tinha uma oportunidade flagrante
para se adiantar no placar a vantagem numérica era 4 para 2, mesmo assim estava
difícil conseguir o golo, e para tentar limpar o erro o árbitro mostrou azul a
um jogador da casa, mas cometeu um erro grosseiro, − não sei se dá para apresentar
protesto, não assinalou o respectivo livre directo como manda o regulamento, mesmo
assim continuavam em vantagem numérica pressionando e muito na procura do golo
que viria a surgir quando faltavam nove segundos para cumprir os dois minutos com
este golo o Paço Rei passou para a frente do marcador.
Os Carvalhos passavam a jogar agora com três atletas e a
confusão viria a instalar-se quase de seguida, uma vez que, o árbitro da mesa
terminado os dois minutos do azul manda o jogador dos carvalhos entrar e 9
segundos depois do jogador ter entrado para o jogo, o arbitro para o jogo e
mostra vermelho ao jogador e ao treinador, ficando novamente a equipa com
apenas dois jogadores, assinalando o respectivo livre directo, o Paço Rei
alheio a isto aproveita e converte o livre directo passando a vencer por 3-1.
Novamente com três atletas os Carvalhos tentavam minimizar o
prejuízo mas estava difícil até porque a equipa da casa voltava a estar
completa.
A que dizer que os atletas dos Carvalhos foram incasáveis estiveram
oito minutos em desvantagem numérica sem sofrer qualquer golo seis e meio no primeiro
tempo e o restante na segunda parte só por isso merecem serrem conhecidos.
O Intervalo foi importante para descansar pois esta
desvantagem numérica desgastou e muito a equipa.
O segundo tempo ainda começou com tempo por cumprir do power
playe resistiram, mas causou moças fisicamente, aproveitadas pela equipa da
casa que dois minutos e meio decorridos ampliam para 4-1, os Carvalhos tiveram
em todo o jogo a sua pior fase na partida neste período inicial da segunda
parte, pois permitiram muitos contra-ataques tendo a equipa da casa aproveitado
da melhor maneira chegando a 6-1, pelo meio o Carvalhos dispôs de um livre
directo em virtude da decima falta, mas não foi capaz de aproveitar. O cronómetro
marcava doze minutos para o fim do jogo e o Paço Rei quase sem saber estava na
frente do marcador com uma vantagem confortável, pois não mostrou qualidade de
jogo que justificasse tanto desequilibro, mas soube aproveitar os erros do adversário
e defendeu como pode a sua baliza.
Depois de voltar a desperdiçar mais um livre directo assistimos
à reacção dos Carvalhos ainda conseguiu chegar ao 7-5 e poderia ter conseguido
mais, oportunidades não faltaram neste período, mas, o balanceamento ofensivo
descurava a defesa e em mais dois contra ataques o Paço Rei encerrou a partida
fazendo o seu oitavo e nono golo, tendo ainda falhado um livre directo em consequência
da décima falta dos Carvalhos.
Em resumo saiu vencedor quem teve mais cabeça fria em toda a
partida, não que tenha apresentado melhor jogo colectivo, mas soube aproveitar
os erros e as vicissitudes do jogo em seu favor, já os Carvalhos tem que rever
alguns métodos, a começar pelos treinos, pois foi visível a falta de condição física,
a deficiência na finalização sinónimo de muita brincadeira durante os treinos e
melhorar defensivamente pois esta equipa continua a sofrer muitos golos, depois
quem sabe se tudo não será diferente, porque tempo para rectificar este desaire
existe, qualidade também, só é necessário juntar tudo e partirem com vontade e
empenho para atingirem o vosso objectivo.
Faltas: 18-11
Arbitro: Orlando Panza a primeira demonstração de que
estaria ali com um objectivo deliberado mesmo que em determinadas situações
usasse a lei em seu favor, foi a forma rude como molestou o redes visitante
logo nos minutos iniciais dando a entender que não iria ter contemplações
perante quem jogasse de Azul, e cumpriu ao que vinha, pois a 8:44 minutos do
intervalo mostrou dois azuis a jogadores dos carvalhos quando estes vinham de
um “desconto de tempo” caricato poderá ser, mas só ele e os jogadores o poderão
dizer se é ou não, depois veio o melhor, mostrou um azul ao jogador da casa mas
esqueceu-se do livre directo a favor dos Carvalhos, ainda não satisfeito surge os
vermelhos onde não quis assumir o erro do arbitro auxiliar, mais uma vez fica
patente a sua atitude deliberada. No restante tempo de jogo fez alguma vista
grossa a situações bem mais complicadas comparando com as que originaram os
cartões que mostrou aos jogadores visitantes, mas aí nada viu nem disse. Em
resumo teve uma actuação que influenciou e muito o resultado final, por isso se
eu fosse delegado teria uma nota bem negativa.
Marcha do marcador:
1º Tempo: 0-1; 1-1; 2-1; 3-1
2º Tempo: 4-1; 5-1; 6-1; 6-2; 6-3; 7-3; 7-4; 7-5; 8-5; 9-5
CHC cinco inicial: Rui Gomez (Gr9), Américo (Cp), Riu Mendes,
Carvalho (1) Rui Silva (2)
Jogaram ainda: Edgar Lopes, Diogo Gonçalves (2),
Jogador não utilizado: Heitor, Rafa e Zé Mingos (GR)
Treinador: Hugo Meneses
Seccionista: Nelson
Assistência: numa noite gelada
ainda saíram de casa 77 adeptos, que preferirem presenciar este jogo e suas
peripécias, em vez do quentinho de casa sentadinhos no sofá com as pantufas,
ainda existe quem goste de hóquei.
AL
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